ATA DA SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA COMISSÃO
REPRESENTATIVA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 20-01-2011.
Aos vinte dias do mês de janeiro do ano de dois mil
e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e
quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos
vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib,
Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Waldir Canal, titulares.
Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceu o vereador Sebastião Melo, não
titular. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios s/nº, da senhora Marioneidi Cortelini, Diretora-Geral da Câmara Municipal de
Manoel Viana – RS –; s/nº, do vereador Antônio de Pádua, Presidente da
Câmara Municipal de São Miguel das Missões – RS –; s/nº, da senhora Cecília de
Arruda, Chefe do Cerimonial da Câmara Municipal de São Paulo – SP –; nos
01/11, do vereador Daniel da Rosa Hoffmann, Presidente da Câmara Municipal de
Nova Santa Rita – RS –; 03/11, do vereador Osnir Garcia da Silva, Presidente da
Câmara Municipal de Formigueiro – RS –; e 03/11, do vereador Nestor Krupp,
Presidente da Câmara Municipal de Palmares do Sul – RS –; Comunicados nos
191951, 192008, 226530, 226533, 226552, 226559 e 226565/10, do senhor Daniel
Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –
FNDE. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Primeira, Segunda,
Terceira e Quarta Reuniões Ordinárias. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Adeli
Sell, Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib, Paulo Marques, Reginaldo Pujol e
Carlos Todeschini. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Adeli
Sell, Sebastião Melo, Alceu Brasinha, Adeli Sell, este pela oposição, João
Antonio Dib, este pelo Governo, Dr. Thiago Duarte e João Antonio Dib. Na
ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador João Bosco Vaz, solicitando
Licença para Desempenhar Cargo Público, a partir do dia de hoje. Em TEMPO DE
PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Durante a Sessão, a
senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do senhor João Bosco
Vaz. Às onze horas e sete minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon
e pelo vereador Adeli Sell e secretariados pelo vereador Waldir Canal. Do
que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Havendo quórum,
passamos às
COMUNICAÇÕES
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em
Comunicações.
O
SR. ADELI SELL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em Porto Alegre, talvez,
diferentemente do que algumas pessoas pensam, do que alguns meios de comunicações
falaram, nós temos algumas tragédias anunciadas em função de possíveis
catástrofes da natureza. Quero lembrar que, neste momento, a população da Vila
dos Herdeiros, na Lomba do Pinheiro, está muito apreensiva. Cada vez que alguma
nuvem escura aparece no céu, há preocupações. O Ver. João Antonio Dib conhece
muito bem a Lomba do Sabão e a sua represa, na divisa entre Porto Alegre e
Viamão. Essa represa está tomada de aguapés, que pesam enormemente e, com
qualquer enxurrada, levam tudo adiante. Tenho aqui fotos antigas de moradores,
eles mesmos reconstruíram uma ponte, porque o Poder Público está ausente.
(Mostra fotos.) Casas foram levadas embora. Essa é uma situação muito
dramática. Não diferente é a situação hoje do Jardim Cascata, na Glória, onde
há desmoronamentos. O Ver. Paulo Marques, que foi da Defesa Civil, sabe que
temos muitas áreas de risco. Já tivemos várias inundações. Inclusive, num final
de semana, num sábado, fomos à entrada da Cidade, porque uma vila estava
totalmente debaixo d’água.
Mas eu vou falar mais é das encostas de morro. Num terreno
público que pertence à FASE, há duas áreas de risco completamente ocupadas.
Ontem eu recebi duas senhoras da Vila Pinto no meu gabinete. Ontem!
Diferentemente do que alguns alardeiam, nós estamos em recesso, mas
trabalhando. Há pessoas que acham que Vereador tem férias de 90 dias, como
acontece em algumas Câmaras. Não, nós estamos aqui vigilantes pela nossa
Cidade. Enquanto alguns setores do Legislativo, do Executivo, do Judiciário, do
Tribunal de Contas ganham 25 mil reais, nós estamos aqui e não ganhamos 14,8
mil reais, como estão alardeando; ganhamos 8,5 mil reais. Essa é a verdade, e
aqui se trabalha, aqui se faz! Nós vamos ter que mudar a visão que as
comunidades têm da Câmara por causa dos falsos alardes! Durante toda esta
semana, nós estivemos em comunidades da periferia, de dia e de noite; dezenas
de e-mails, Ver. Pujol, eu mandei
para órgãos da Prefeitura, alertando sobre problemas da Cidade, muitos
consubstanciados com fotos. Ou seja, Ver. João Dib, aqui se faz, aqui se
trabalha, aqui se alerta para problemas que não recebem a devida atenção,
muitas vezes, do gestor público - o Prefeito, os Secretários.
Eu
estou falando, sim, de uma tragédia anunciada - tenho mais fotos ali na minha
Bancada, depois posso mostrá-las. Eu gostaria que os meios de comunicação
fizessem cobertura desses espaços, Ver. Canal, Ver. Brasinha, porque almas
humanas estão em perigo! Já são mais de setecentas, talvez mais de mil mortes
na serra do Rio de Janeiro. Para que isso não aconteça em Porto Alegre, eu
alerto, eu digo, eu falo e falarei mais! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a
palavra
em Comunicações.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, ilustres colegas Vereadores, venho a
esta tribuna hoje para abordar três pontos que julgo importantes dentro deste
recesso parlamentar, e o Ver. Adeli Sell colocou bem que, para nós, este
período acaba sendo, muitas vezes, o de mais atividade até.
Primeiro, quero saudar a Procuradoria do
Município, que concedeu, emblematicamente, a uma das regiões mais distantes da
Cidade a possibilidade de enquadramento na nova Normativa da Aneel,
possibilitou à comunidade lá do Extremo-Sul da Cidade, do bairro Lami, em
especial na Estrada do Varejão, nas Ruas Primavera, Camboim e Araçá, acesso à
luz elétrica. Nós vínhamos, há bastante tempo, desde 2009, com essa batalha,
com esse pleito. Muito em função da situação ocorrida aqui na Vila Chocolatão,
acabou se mudando a lei e beneficiando diversas comunidades que já estão
estabelecidas, loteamentos que não tinham toda a infraestrutura, mas que as
pessoas puderam comprar o seu lote de terra de forma honesta. Às vezes, em
algumas situações como essa, foram iludidas pelo vendedor. Então, garante-se a
essas comunidades, a partir de agora, acesso à luz elétrica, mesmo que de forma
provisória, evitando, sem dúvida nenhuma, os famosos “gatos”, que tanta
dificuldade e tanto risco trazem à população. A primeira comunidade beneficiada
é a da Estrada do Varejão, no bairro Lami, nas Ruas Araçá, Camboim e Primavera,
que, a partir de agora, iniciam um processo junto à CEEE com o objetivo de
obter essa rede provisória.
A segunda questão - na semana passada, já
iniciamos a ampliar esta discussão, que tem base ecológica importante, tem base
importante no meio ambiente - é a do transporte fluvial. As regiões do
Extremo-Sul da Cidade, a exemplo do Lami e Belém Novo, e da Zona Sul, Ipanema,
ressentem-se da falta de alternativa de mobilidade urbana. Na verdade, há dois
grandes componentes, e um deles é a questão da mobilidade urbana. Hoje, para
irmos do Lami até o Centro da Cidade, mesmo com todas as melhorias que a EPTC
fez - temos que reconhecer aqui isso -, levamos cerca de uma hora e quarenta e
cinco minutos a duas horas, porque as vias, infelizmente, não sustentam mais o
número de veículos que temos. Isso cada vez vem aumentando mais, e não é só no
Brasil, é no mundo inteiro. Precisamos de formas alternativas de transporte
coletivo. Com o transporte fluvial, agora com o início das atividades do
transporte fluvial entre Porto Alegre e Guaíba, realiza-se o sonho daquela
comunidade, que vai poder ser acariciada com esse tipo de transporte. Então,
esperamos ampliar essa discussão e efetivamente contribuir para o debate.
A terceira questão que trazemos e que muito nos
preocupa - tivemos uma reunião aqui, e agradeço, de público, à Presidenta, por
nos ter propiciado a presença da imprensa da Casa nesse evento - é a questão da
Fugast. Os servidores da Fugast, através de uma decisão do Supremo Tribunal
Federal, teriam que deixar de prestar serviço a partir deste ano, o que,
certamente, causaria sérios problemas à Saúde do Município e do Estado. Então,
que possamos ter uma luz, que possamos caminhar bem nesse sentido, para que
solucionemos esse problema, a fim de não agravarmos mais ainda...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras,
eu ouvi o Ver. Adeli Sell falando sobre o Jardim Cascata e sobre os riscos,
sobre o que pode ocorrer em razão de enxurradas, em razão de deslizamentos. E
aí eu volto ao passado, há mais de 40 anos, quando eu era assessor engenheiro:
por todos os meios, eu tentei impedir que ali fosse implantado o Jardim
Cascata. Era a União dos Moradores das Vilas Populares, o Sr. Borba era o
Presidente da Associação e conseguiu fazer o loteamento; sem maior segurança,
mas conseguiu. Felizmente, até hoje, não aconteceu nada de mais grave. Vejam
que eu estou falando de quarenta anos atrás, portanto essa preocupação que eu
tenho com os morros não é de hoje, vem de há muito tempo. Insisti, já nas
Administrações do Partido dos Trabalhadores, que o morro tinha que ser
preservado.
Ontem ainda eu olhava, e há morros que já estão
com construções até no topo. Eu não sei se essas construções, que não são
sub-habitações, foram autorizadas por alguém; não sei até se foram construídas
em terreno próprio. Eu sei que há uma contestação, numa área bastante grande,
para uma família tradicional na Cidade, ela quer a recuperação das suas áreas,
mas não consegue, e a Prefeitura também não desapropria.
Então, realmente, o problema da construção no
morro é sério, muito mais sério. Nós não podemos esperar que haja ocorrências
tão desagradáveis quanto as que ocorrem hoje no Rio de Janeiro, em São Paulo e
que, agora, começam em Santa Catarina também. Precisamos que a Defesa Civil vá
olhar aqueles morros todos na Cidade; há alguns que têm construções nos seus
topos. Então, é importante que se faça uma análise do problema.
Eu ouvi o Dr. Thiago falar em transporte fluvial
para a Zona Sul. Eu acho que é uma ilusão de muita gente que se possa fazer
transporte fluvial nas condições que se imagina. Eu, quando presidi a Câmara,
recebi um jovem arquiteto que tinha um projeto de transporte fluvial para a
Zona Sul que eu achei interessante, mas não deram sequência. Ninguém se iluda
que vai sair do Lami e chegar ao Centro da Cidade, porque essa linha não teria
rentabilidade, o número de passageiros seria muito pequeno. Então, terá de
fazer paradas no caminho; tem que atracar e desatracar - isso leva tempo. As
pessoas não estão morando na margem do rio, terão de vir em direção ao rio, ao
atracadouro e, então, embarcarem em um barco. Será que haveria número
suficiente de passageiros, de usuários para que se sustentasse esse tipo de
transporte?
É diferente do transporte daqui para Guaíba, de
Guaíba para cá. No passado, na Administração do Governo Collares, o Secretário
do Transporte do Estado, Matheus Schmidt, implantou o sistema de barcos daqui a
Guaíba, o que terminou não dando certo. De qualquer forma, agora farão
novamente, com outro tipo de barco, e acho que dará certo. O sistema que o
arquiteto apresentou aqui faria a exploração turística, com seis paradas daqui
até o Lami. Aí eu acho que realmente seria viável. De qualquer forma, vale a
pena ser estudado. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Eu estou usando o tempo de Liderança do
meu Partido, o Partido dos Trabalhadores. Pelo que eu li nos jornais hoje, Ver.
Sebastião Melo, parece que o PMDB de V. Exª anda muito incomodado - pelo menos
é o que dizem os jornais - com as possíveis mudanças no Governo José Fortunati.
Como perguntar não ofende, Ver. Paulo Marques, eu perguntaria: afinal de
contas, é continuidade do Governo Fogaça ou temos um novo Governo? Eu sempre
apostei que teríamos um novo Governo, porque o outro foi o Governo do atraso,
do conservadorismo, das obras não realizadas, dos serviços não executados.
Eu
sempre tive, na figura do nosso querido Prefeito, a compreensão de que ele é um
gestor dinâmico, porque ele já foi Vice-Prefeito, vinha fazendo um trabalho na
Vice-Prefeitura, mas parece que há brigas com alguns Secretários. Por exemplo,
eu não sei como V. Exas conseguem defender a Secretaria da SMAM,
o Secretário titular da SMAM, nosso colega! Essa Secretaria não existe! Há
pouco, eu recebi aqui um retorno da SPM. E quero louvar o Secretário Márcio
Bins Ely, que manda um assessor mostrar os trâmites de três Processos a este
Vereador. Isso é que é respeito ao Vereador! Não como na SMAM, onde sou
perseguido, Ver. Paulo Marques! Eu sou perseguido! Eu não tenho respostas aos
meus Processos, sentam em cima dos Processos, fazem provocações. Lá há assédio
moral, pois perseguem todos aqueles funcionários que têm alguma relação com o
Adeli Sell! Mas não pode, Prefeito Fortunati, permanecer um Secretário que
tenha essa postura! Coloque o Ver. Paulo Marques lá, ele vai dar conta do
recado! Nós já dizíamos antes para colocar o Pancinha. O Pancinha foi para a
CARRIS: nessa Companhia, há uma diferença entre a gestão desastrosa do Lorenzi
e a gestão que conversa. Eu estive lá numa madrugada, em campanha, estava lá o
Pancinha fazendo a sua campanha. A relação com os funcionários era outra, era
de civilidade, de benquerença! É isso que nós precisamos para Porto Alegre; não
o ranço, não as perseguições! Não podemos aceitar assédio moral na Prefeitura,
Ver. Brasinha! Não dá!
A
Cidade é um lixo só! Quem é o Secretário? Os assessores andam falando, e
falando mal! Dizem que o problema não são os caminhões quebrados da empresa, o
problema não é com a empresa! É evidente que há problemas com a Construrban e
com a Qualix. Os contratos que eu solicitei não me são entregues. Eu descobri
agora também, Ver. João Dib, Líder do Governo, que a Construrban tem um
contrato com a SMAM em que apenas 30% é cumprido; e os funcionários são
proibidos de notificar a Construrban. Sabe como se chama isso? Prevaricação! O
douto Ver. Sebastião Melo, do PMDB, deve se pronunciar! Ou estou dizendo alguma
bobagem? Prevaricação é exatamente isso que o Secretário está fazendo! Está no
dicionário! É uma palavra difícil, Ver. Brasinha, mas ela existe!
Vou
mais longe: o lixo está tomando a Cidade! Não é que a Cidade está tomada; o
lixo está tomando a Cidade! A fedentina em algumas praças é um negócio
impressionante! Depois que fiz um escarcéu, uma coisa foi feita esta semana
pela SMAM, uma coisa. Terei de dar o braço a torcer, a mão à palmatória: a
Praça Ballve foi limpa depois do escarcéu que eu fiz na quinta-feira. Só uma
praça! Então, Ver. João Dib, vão mal os serviços de limpeza. Também há muitos
buracos pelas ruas que são sinalizados com cavaletes, até que outro se mate,
até que quebre outro carro. E, assim, faltam serviços. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, colegas Vereadores, caro
Pujol, há um adágio popular que diz: “Parlamento sem debate é como feijoada sem
feijão: não funciona”. O Ver. Adeli me dá algumas deixas fantásticas! A
primeira delas é a de que o PT não pensava assim do Fortunati, botou ele para
fora do PT. Se eles achassem que ele fosse tão bom administrador, tinham
deixado ele ser Prefeito na sucessão, quando o Raul Pont era Prefeito. Eu não
tenho memória curta. Eu acho que ele é um bom gestor. E o PT acha isso agora,
mas lá atrás, quando ele estava no PT, não achava. Esse é o primeiro registro
que quero fazer.
Meu
caro e queridíssimo Adeli, Vossa Excelência provoca e alfineta: “Temos um novo
Governo?” É claro que é uma segunda etapa, Ver. Dib! Será que os canos que
estão sendo enterrados, do Socioambiental, numa obra de meio bilhão de reais, é
uma obra do Governo Fortunati ou foi concebida no Governo da Frente Popular,
executada pelo Fogaça, e o Fortunati colhe os frutos? O Projeto Entrada da
Cidade, cujas casas estão ficando prontas, começou há sete meses? Esse conjunto
de obras que a Cidade tem, no DEP, foi concebido há sete meses, Ver. Dib? Não!
Aliás, nenhuma das obras que estão aí foi concebida pelo Prefeito Fortunati,
porque o Prefeito Fortunati está aí há sete meses. Então, Ver. Adeli, não me
faça injustiças. Vossa Excelência pode não gostar do Fogaça, é um direito seu;
pode não ter gostado do Fogaça ter saído, assim como V. Exª não deve ter
gostado quando o Tarso também saiu da Prefeitura. Aliás, se os futuros
Prefeitos desta Cidade tiverem juízo, ninguém mais sai para concorrer a
Governador, porque o povo já deu o troco em dois que fizeram isso.
Agora,
eu me admiro muito, Ver. Pujol, quando o Ver. Adeli fala dos buracos da Cidade.
Pois eu assisti na TVE o Tarso Genro fazendo grandes elogios a Maurício
Dziedricki, de que foi um grande Secretário da SMOV. Eu vi! Deve estar gravado,
é só mandar buscar! Então, é um ruim Secretário para o Prefeito Fogaça, mas um
talentoso Secretário no Governo do Tarso...! Eu queria ter mais espaço para
debater, porque acho que este debate qualifica.
E
quero dar uma notícia aqui, eu sei que não estou sozinho nesta tese, já ouvi
muito isso. Se eu buscar um dos primeiros pronunciamentos que fiz nesta Casa,
lá em 2001 - está aqui -, eu falava, Adeli, do absurdo da não unificação da
limpeza, Presidente Sofia. Não é possível que o DMLU vá pela Cavalhada e
encontre uma praça, cuja grama está com dois metros, e diga: “Aqui eu não posso
entrar, porque aqui não é território meu”. Aí, encontra um campo de futebol e
diz: “Aqui eu não posso entrar, porque aqui não é território meu.” Pois, ontem,
num encontro com o Secretário Busatto, ele teve a gentileza - porque eu tinha
insistido com o Prefeito e com ele - de me comunicar: “Olha, o Prefeito
acolheu, solicitou ao comitê gestor, e a limpeza da Cidade será unificada”. Eu
quero dizer que isso é um grande passo, porque eu não sou cego! Governista que
é cego presta desserviço ao Governo! Eu acho que os serviços da Cidade em
muitas áreas não estão bons. E quero dizer que o Prefeito vai contar conosco
para fazer mudança, sim. E não é mudança de pessoas, porque isso não adianta.
Eu tenho é que mudar atitudes. Eu posso até mudar pessoas, mas tenho que mudar
atitudes.
Há
muito buraco na Cidade, mas isso é porque há uma malha asfáltica antiga, velha,
e os Governos não têm dinheiro para financiar malhas velhas, só asfalto
novo...! Tem que mudar essa lógica. Há problemas de limpeza? Sim, mas nós temos
um problema: foi feita uma licitação sob as regras da lei, e a empresa tem que
ser punida. Se não deu, rompe o contrato, faz um contrato emergencial. A
conteinerização do lixo passa a ser realidade na área central.
Então,
meu caro Adeli, eu gostaria de ter mais tempo aqui, porque, quando há debate
com gente inteligente e qualificada, quem ganha é a Cidade. E pobre de um
Governo que não tem oposição. Mas eu não sei se V. Exª é muito oposição ao
Fortunati, não, porque V. Exª é muito próximo ao Paço Municipal. Vossa
Excelência tem andado muito com o Fortunati, o que é muito bom, porque, tendo
um Vereador como V. Exª ajudando o Prefeito, consequentemente a Cidade ganha.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs.
Vereadores, querido Ver. Adeli, eu também venho aqui, Ver. Sebastião Melo,
defender um Prefeito que mudou a cara da Cidade: o José Fogaça. Para mim, de
tanto que gostam dele, eles queriam que o Fogaça continuasse. Se começarmos a lembrar
o que houve lá atrás, o Ver. Adeli vai lembrar. Vai lembrar que esta Cidade,
antes do José Fogaça, era uma Cidade cheia de buracos “participativos”,
Vereador. Tinha buraco “participativo” por toda a Cidade! Será que eles não
lembram que também tiveram problemas com o lixo?! Eles também tiveram esse
problema! Será que eles não lembram da Secretaria, da SMAM? Era quase
impossível aprovar um projeto lá na SMAM! E agora vêm aqui falar do
extraordinário Secretário Professor Garcia. Quero dizer para vocês que o
Professor Garcia tem trabalhado muito mais, atenciosamente atende as pessoas,
vai visitar os locais e falar com a comunidade, e tem gente que fala do
Professor Garcia! Ele é um Secretário competente, ele não vai fazer nada
errado, ele faz tudo corretamente.
Também
quero defender o Secretário do DMLU. Só sabem “bater” no Secretário, mas e o
tempo? Chove dia e noite - tudo é problema nesta Cidade! O Secretário do DMLU
vem fazendo um trabalho extraordinário, e, quando eu cheguei à Câmara,
Vereador, disse que o centroavante do Prefeito Fogaça estava atrasado na época,
e era o Secretário do DMLU. Depois disso, fui obrigado a ficar quieto, porque
vi o trabalho que estava sendo feito nas ruas. Claro que há problemas! Todo
Governo enfrenta problema!
Mas
temos que andar pela Cidade. Será que o Ver. Adeli tem andado só pelas ruas que
têm esses problemas? A gente anda nesta Cidade, e as obras estão andando, estão
sendo feitas, graças àquele Prefeito que se reelegeu e saiu para concorrer, o
José Fogaça. Enquanto eu estiver aqui nesta Casa, vou defender o nome de José
Fogaça, porque foi um Prefeito extraordinário, mudou a cara de Porto Alegre, e
a Cidade continua mudando nesse mesmo ritmo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulo Marques está com a palavra
em Comunicações.
O SR. PAULO MARQUES: Srª Presidente, antes de mais nada, quero
saudar a presença de uma mulher na presidência desta Casa. É uma alegria tê-la,
Presidente, no comando da Casa. Tenho certeza de que será um ano muito profícuo
para todos nós. Saudando meus colegas presentes neste Plenário, preciso fazer
uma referência aqui ao que falou o Ver. Adeli Sell sobre a questão da Vila dos
Herdeiros, da barragem que lá existe e das marrequinhas, que é como são chamadas
aquelas algas. É um problema que, sem dúvida nenhuma, atinge toda aquela
região. Toda vez que há excesso de água na barragem e é preciso liberar água ou
que há um vazamento, aquelas marrequinhas escorrem ao longo do arroio, que é
uma via normal, e inundam toda a região.
A Defesa Civil faz um acompanhamento, um
monitoramento constante daquela área, porque essas marrequinhas são protegidas
ambientalmente. Então, se nós formos lá e retirarmos essas marrequinhas,
estaremos infringindo uma lei ambiental. Então, isso é, para vocês terem uma
ideia, um problema gravíssimo. E eu acompanhei ao longo de cinco anos a
retirada das marrequinhas, Ver. Pujol. É um problema que temos de enfrentar
junto à Secretaria do Meio Ambiente e estamos sujeitos, sim, assim que retirarmos
as algas ou marrequinhas de lá, a infringir uma lei, à punição da Fepam.
No que diz respeito às encostas - e falou o
Adeli Sell aqui do Jardim Cascata -, é uma área na qual existe um monitoramento
constante da Defesa Civil, lá é uma das grandes áreas de risco em função dos
assoreamentos. Mas isso vem se alastrando ao longo de muito tempo, pela falta
de condição dos Governos em fazer esse enfrentamento. Sem dúvida nenhuma, há um
aumento constante nas áreas de risco em Porto Alegre, nas quais estão mais de
22 mil famílias. E não estamos falando só das encostas de morro, mas também do
pessoal que está nas Ilhas, do pessoal do Extremo-Sul, do Extremo-Norte. Isso é
uma situação muito difícil que precisa ser enfrentada. Mas aqui não existe
milagre, há necessidade de recursos para
que se possa fazer esse tipo de enfrentamento, de melhorar a questão das
estruturas e, principalmente, de se fazer um estudo, um mapeamento disso, para que se possa
fazer esse enfrentamento. Há uma necessidade de planejamento nesta área.
No
que diz respeito à SMAM e ao DMLU, vou fazer coro aqui com o Ver. Brasinha,
porque a Cidade vive, neste período, um momento climático que permite o aumento
do serviço, o aumento da demanda desses dois órgãos: o sol e a chuva aceleram o
crescimento da grama, aumentam as condições de as plantas se desenvolverem,
fazendo com que aumente o serviço, aumente a necessidade de máquinas e
estruturas, e nós estamos com dificuldades, nessas Secretarias, para fazer esse
enfrentamento. Este é um período em que isso acontece, mas vem acontecendo ao
longo de todos os anos. Não é neste ano e não é por causa deste Secretário que
está acontecendo essa situação. Inclusive, há a questão das chuvas, que trazem,
através dos arroios, todo aquele lixo depositado pelas pessoas que não têm
consciência ambiental, prejudicando a flora e criando todo esse problema de
entupimento das bocas-de-lobo e dos arroios, gerando, também, uma necessidade
de mais estrutura nas ruas para sanear essas dificuldades.
Quanto
à questão do Prefeito Fogaça, eu entendo o Ver. Adeli Sell - por quem tenho uma
estima muito grande -, eu entendo a posição dele de querer fazer o
enfrentamento e diminuir politicamente a gestão do Prefeito Fogaça. Mas acho
que é coro nesta Casa, o Prefeito Fogaça é reconhecido nesta Cidade como um
empreendedor. Foi o Prefeito que mais obras fez na área de drenagem, temos aí o
Conduto Álvaro Chaves e outras tantas obras que foram citadas aqui pelo Ver.
Sebastião Melo. Ele deixou, sem dúvida nenhuma, um belo terreno para fazer o
trabalho maravilhoso que está fazendo também o Prefeito Fortunati. Então, isso
é coro nesta Casa, e nós vamos dar sequência aqui na defesa do Prefeito Fogaça,
que, sem dúvida nenhuma, marcou época, marcou o seu nome, marcou a sua história
como um Prefeito empreendedor da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo Licença
do Ver. João Bosco Vaz para Desempenhar Cargo Público (Lê.): “Nos termos do
art. 218, VIII, do Regimento desta Casa Legislativa, comunico meu afastamento
do exercício da Vereança. Outrossim, informo que o referido afastamento se deve
à investidura no cargo público de Secretário Extraordinário da Copa, função a ser
desempenhada a partir de 20 de janeiro de 2011.”
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ADELI
SELL:
Bem, sejam marrequinhas, sejam acrófitas, sejam aguapés, a situação é dramática
na Vila dos Herdeiros. (Mostra fotografia.) Talvez, por esta fotografia ser em
preto e branco, para não se gastar muito, se possa mostrar pouco. Temos aqui a
destruição ocorrida pela última enxurrada. Nove famílias estão recebendo o
aluguel social - que é para as pessoas que perdem as suas casas até que
consigam outra -, mas há mais seis famílias praticamente em cima do arroio. Na
verdade, não é nem um arroio, é um valão. A fedentina é impressionante.
Alô, Vigilância Sanitária do Município, perigo à
vista: encontramos mosquito da dengue na Vila dos Herdeiros, divisa de Porto
Alegre com Viamão, onde temos a barragem da Lomba do Sabão! E, desculpem-me as
pessoas que trabalham nos órgãos ambientais, quero perguntar o seguinte: entre
alguns aguapés, que podem ser utilizados, inclusive, como adubo orgânico, e a
vida das pessoas - e aqui fala um ambientalista -, o que é mais importante?
Porque é tal a quantidade de aguapés, que, com qualquer chuva, levam tudo
adiante, e não é apenas de quem mora ao lado do arroio. Eu fiz uma reunião com
sessenta pessoas à noite, nesta semana, na Vila dos Herdeiros, e é uma situação
dramática. Prefeito, por favor, já que seus Secretários, que deveriam fazer o
dever de casa, não fazem, V. Exª, quem sabe, talvez faça. Ver. Sebastião, é
assim que eu trato o Prefeito, que dialoga, que responde e manda até torpedo! Tratamento diferenciado! E vou, sim, ao
Paço Municipal sempre que necessário.
O
Ver. Thiago, que não está aqui, em alguns casos parece mais Vereador de
oposição do que de situação. Por exemplo, em algumas coisas temos que defender
a Prefeitura; o Simers diz algumas barbaridades, e eu sou obrigado a defender a
Prefeitura, defender os funcionários que trabalham. Há também um problema de
fiscalização na Prefeitura, acho que ela tem medo do Simers. Nós temos 1.460
médicos que deveriam trabalhar 30 horas por semana - 30 horas por semana.
Então, com quatro semanas ao mês, temos 120 horas; se os médicos atendessem a
quatro pessoas por hora, seriam 480 pessoas atendidas. Eu pergunto o seguinte:
haveria filas se todos os médicos da Prefeitura - os 1.460 médicos - trabalhassem
30 horas? O que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre teme ao não fazer o
enfrentamento com a categoria? Por que os outros precisam trabalhar? Enfermeiro
tem que trabalhar 30 horas, se não, é descontado. Na UBS Rubem Berta, Ver.
Brasinha, trabalha-se uma hora e meia! Uma hora e meia, e olhe lá! Na Vila
Esmeralda tem um médico! Vila Esmeralda, Lomba do Pinheiro!
Vamos
fazer algumas visitas, já que tem gente que diz que Vereador não trabalha, para
mostrar o quanto nós estamos trabalhando e quanto mais nós vamos trabalhar com
as comunidades. Agora, vamos pedir que a imprensa nos acompanhe também. O
Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público e a Justiça deveriam ter as
mesmas preocupações que tem com a Câmara com todos os serviços públicos, já que
são os fiscais da lei, são, na verdade, os que devem auditar as coisas.
Não
adianta vir aqui defender a SMAM; a SMAM é indefensável, indefensável! E volto
a dizer: o Secretário prevarica, há assédio moral, e eu tenho provas. Como eu
tenho dito, eu falo e provo; se necessário, provarei mais. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs.
Vereadores, meus senhores, minhas senhoras, eu gosto do entusiasmo que tem o
Ver. Adeli Sell para atacar especialmente a Secretaria do Meio Ambiente. Talvez
fosse bom o Prefeito fazer o que o Prefeito Célio Marques Fernandes fez com um
Vereador que criticava duramente a Secretaria Municipal de Transportes,
especialmente no tocante à tarifa: ele convidou o Vereador para ser Secretário
de Transportes. O Secretário de Transportes veio com uma vontade
extraordinária, trouxe contadores, estabeleceu fórmulas, e o cálculo a que ele
chegou era muito diferente daquele que ele criticava, era muito maior. E, com a
inteligência que ele tinha, tratou de encontrar uma desculpa para sair da
Secretaria. Se eu fosse Prefeito, eu levaria o mestre Adeli Sell para a
Secretaria do Meio Ambiente, por mais que ele tenha restrição com a Secretaria.
Quando o Ver. Beto Moesch estava aqui, e não era Secretário
do Meio Ambiente, ele e o Adeli Sell faziam projetos conjuntos, depois que o
Ver. Beto Moesch foi para a SMAM, passou a ser “saco de pancadas” - não tanto
quanto o Professor Garcia. Provavelmente o Professor Garcia, dentro de alguns
dias, estará novamente aqui conosco, e nós poderemos vê-lo fazer a sua defesa
com a competência que tem. É um bom Secretário, não tenham dúvidas, mas as
dificuldades da Prefeitura são muitas.
Quanto
ao ex-Prefeito Fogaça, eu nem vou falar sobre as obras que ele fez. Eu não vou
dizer que, um ou três dias antes de sair, o Prefeito João Verle assinou o
contrato do Pisa sem dar tempo para recursos, e o ex-Prefeito Fogaça cumpriu. E
o então Prefeito Fogaça fez uma coisa muito importante nesta Cidade: saneou as
finanças da Prefeitura, que foram depredadas quando da Administração Popular.
Ele não tinha crédito quando assumiu. Por isso, eu nem preciso falar das obras;
não preciso falar do Conduto Forçado Álvaro Chaves, que foi realizado na gestão
dele, não preciso falar do Projeto Pisa, que está sendo implantado, mas que vem
sendo estudado há muito tempo, iniciou com o José Fogaça.
O
Prefeito Fortunati tem a sua personalidade, tem a sua maneira de ser, mas era
companheiro de chapa de José Fogaça, e juntos eles fizeram um ano e três meses
de Governo. Claro que ele dá continuidade às obras iniciadas, claro que ele vai
colocar o seu jeito de ser, a sua personalidade naquilo que a Cidade precisa.
Ele tem outro tipo de atuação, e isso é bom. Tenho absoluta convicção de que
tanto um quanto o outro amam esta Cidade e desejam o melhor para ela, mas é
difícil resolver os problemas todos de uma vez só. Hoje mesmo a imprensa está
noticiando que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana - o Ver. Sebastião
Melo já disse isso -, a partir de hoje, cuidará das praças, cuidará das ruas,
cuidará de todas as coisas em matéria de limpeza urbana. O Departamento Municipal
de Limpeza Urbana não tem problemas hoje; nos 16 anos, teve muito mais. De
qualquer forma, eu sei que a Cidade amanhã vai ser melhor. O Prefeito Fortunati
e o ex-Prefeito Fogaça são excelentes pessoas e bons administradores. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
em Comunicações.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, o Ver. João Antonio Dib escolheria o Ver. Adeli Sell para ser seu
Secretário do Meio Ambiente. Acho que daria um excelente Líder do Governo. Hoje
ele prestou um serviço à Administração Municipal da melhor qualidade; conseguiu
acordar a base do Governo, que andava meio murcha, ansiosa, e os Vereadores do
PMDB, do PTB, do PP, que compõem essa base, vieram à tribuna e buscaram
recolocar as coisas nos seus devidos lugares. Eu acho que o Prefeito Fortunati
tem que ficar agradecido ao Ver. Adeli Sell, que, com o seu pronunciamento,
mexeu com os aguapés, com as marrequinhas que o professor Paulo nos trouxe aqui
como um problema na Vila dos Herdeiros.
Ver.
João Antonio Dib, quero chamar seu testemunho. O problema da Vila dos Herdeiros
tem mais de quarenta anos, Vereador! A maioria do pessoal que está lá é de
antigos funcionários, o senhor conhece bem essa história. Ali era uma fonte de
água potável para o Município, hoje não é mais. Seria uma bela reserva técnica
que teríamos, não fosse Porto Alegre ser tão privilegiada pela circunstância de
que há água por tudo que é lado, inclusive onde não deve, no topo dos morros, o
que acaba criando essas nossas inundações aqui embaixo.
Com
algumas coisas eu fico um pouco perplexo. Sinto necessidade de reafirmar
algumas coisas. Ver. Alceu Brasinha, V. Exª é um homem muito sincero, muito
leal. A razão da minha admiração pelo amigo é exatamente pela sua capacidade de
não negar fogo nunca; com muita justiça, veio defender aqui, belicamente, o bom
administrador que foi o ex-Prefeito José Alberto Fogaça de Medeiros. Eu o
cumprimento, Vereador! Eu já disse aqui que esse problema dos morros começou há
muito tempo. Por equívocos - o Ver. João Antonio Dib se lembra disso -, as
pessoas queriam preservar os morros. Então, acima da quota 90, proibiram a
construção. Proibiram a construção regular, porque aí a construção irregular
tomou conta! À beira do rio, há uma vila próxima ao Estaleiro Só. Alguém, em sã
consciência, admite que se retirem aquelas pessoas dali? Ninguém comprou
terreno, foi tudo sendo ocupado na base de “quem pode mais chora menos”!
Não
se pode querer que esse acúmulo de erros que ocorreu na Cidade ao longo do
tempo seja, agora, de repente, esquecido, resolvido. Resolver como? As soluções
agora são quase impossíveis! Há possibilidade de se cogitar a retirada das
moradias irregulares do Morro Santa Teresa? Há possibilidade? Quando falaram
aqui em vender aquela área para construir cinco ou seis lugares para alojar
menores, todo o mundo dizia: “Não pode, há duas mil famílias morando ali, é uma
insensibilidade fazer qualquer coisa nesse sentido”! Eu poderia dizer: “Quem
pariu Mateus que o embale”, mas não é assim, não dá para a gente ficar apenas
olhando...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Verª Sofia Cavedon;
ilustres colegas Vereadores, o reflexo da questão ambiental que tem ocorrido no
Rio de Janeiro tem sensibilizado a todos, tem suscitado debates. Realmente, a
questão do meio ambiente, Ver. Dib, como diria o Ver. Beto, tem que ser mais
discutida este ano. Essa questão macro deve permear os nossos debates, em
relação à alternativa daquilo que já existe e ao que a gente colocava aqui: o
esforço, que não tem que ser de um Vereador, não tem que ser só da Comissão de
Saúde, acho que tem que ser do conjunto dos Vereadores, porque é um ganho do
conjunto dos Vereadores, é um ganho para a Cidade.
Eu
falava aqui sobre a alternativa do transporte fluvial. “Nada se cria, tudo se
copia”, então, se der certo no Estado - provavelmente vai dar certo essa
travessia Porto Alegre/Guaíba -, que também possa ser expandido. Claro que não
vai ser a mesma situação, vai ser o transporte dentro do Município de Porto Alegre.
Claro que tem de ser construído, tem de ser estudado, têm de ser feitas as
adequações, mas que possa haver o transporte fluvial também pela questão do
meio ambiente, por ser menos poluente, por ser uma alternativa de transporte
coletivo. E, sem dúvida nenhuma, por significar uma qualidade melhor de
transporte público, que possa ser olhado pelo conjunto dos Vereadores, ter essa
simpatia.
Gostaria
também de falar de dois temas que nos preocupam muito dentro da Cidade, não
tanto vinculados à Saúde - muitos estão aqui acostumados a me ver falar em
temas de Saúde -; são temas ligados ao meio ambiente. Primeiro falo - o Ver.
Adeli Sell tem se manifestado bastante neste sentido - da questão das praças.
Quero já dizer ao Ver. Adeli Sell que nós vamos, na Comissão, ampliar esse
debate das praças, algo que é extremamente amplo, pois vai desde a limpeza das
praças... Às vezes, por necessidade, há pessoas que habitam ali; às vezes, não
por necessidade, mas por malandragem as pessoas habitam ali. Efetivamente, esse
espaço público tem que ser devolvido à grande maioria da comunidade de Porto
Alegre, tem que ser restaurado para a grande maioria da comunidade de Porto
Alegre. Esse debate vamos ter que enfrentar.
A
outra questão por que a Secretaria de Direitos Humanos tem passado muita
dificuldade é a questão das pichações. Realmente nós temos que enfrentar esse
debate; efetivamente, não sei de que forma, vamos ter que construir isso. Vamos
ter que ser mais severos em relação às pichações. De alguma forma a Secretaria vai
ter que avançar para dentro da Internet, para dentro dos blogues, porque não
pode o blogue mostrar o vídeo do cidadão pichando, e nós realmente não termos
como puni-lo nessa situação.
Então,
com relação aos temas do meio ambiente, temos que avançar este ano,
principalmente dentro da Comissão de Saúde, porque são temas importantes que
vão ter reflexos no conjunto da coletividade.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Peço ao Ver. Adeli Sell que presida os
trabalhos, porque estou solicitando Tempo de Presidente, para prestar conta dos
dez dias em que estive na Prefeitura de Porto Alegre.
(O
Ver. Adeli Sell assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
em Tempo de Presidente.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; em primeiro lugar, quero dizer que foi uma honra
iniciar a presidência da Câmara representando esta Casa na substituição do
Prefeito José Fortunati. Quando assumi tive muito presente esta dimensão -
todas as vezes que assumir, terei -, qual seja, a de que o Legislativo hoje é o
Vice-Prefeito da Cidade, ou Vice-Prefeita, o que não significa, Vereadores Dib
e Melo, dizer que agora não temos mais oposição, o que não seria salutar para a
cidade de Porto Alegre. Significa que temos a grande responsabilidade de sermos
mais propositivos ainda, de construirmos soluções, indicarmos mudanças,
aprofundarmos os temas, como esta Casa sempre fez, talvez muitas vezes de forma
fragmentada.
Então,
o primeiro depoimento é no sentido de que assinei muitas respostas aos Pedidos
de Providências dos Vereadores e de que, por muitas janelas, recebi, como
Prefeita em exercício, a intervenção que os Vereadores de Porto Alegre fazem
nesta Cidade, Ver. Dib. É um testemunho que me orgulha não só - vejam vocês -
como Prefeita, para despachar respostas, mas também porque estive em algumas
comunidades, com lideranças comunitárias, cito o exemplo do Sr. Astélio, do
bairro Ipanema, que me mostrou muitos Pedidos de Providências de Vereadores, o
que representa a forma como os Vereadores atenderam ao chamado das comunidades;
claro que se queixando da falta de respostas por parte da Prefeitura.
Acho
que pude me aproximar do drama e do problema seriíssimo da destinação do lixo
na cidade de Porto Alegre e a consequente - não só, obviamente, em função disso
- gravidade dos alagamentos em momentos de chuva após uma situação de muito
lixo na Cidade. Quero aqui testemunhar a enorme parceria que encontrei com os
Diretores do DMLU e do DEP nesses dois temas. Acho que a recíproca foi
verdadeira, porque, naquele momento, precisávamos dar uma resposta à Cidade,
uma resposta para um momento agudo, o que não tira responsabilidades, nem dilui
os problemas, mas que pôde - com a conversa, com o diálogo sistemático, com a
minha presença, olhando o problema na Cidade, junto com o diretor e com os
técnicos - fazer com que compreendêssemos melhor que há uma combinação
necessária a ser colocada em curso nesta Cidade, que é um melhor serviço, um
serviço mais preciso, mais forte, mais articulado, respondendo, de forma mais
imediata, à Cidade, com criatividade, com alternativas, Ver. Dib, para a
destinação de galhos e de folhas. Precisamos ter alternativas para produzir um
composto orgânico, precisamos orientar mais a separação de lixo, um trabalho
com os catadores no descarte, enfrentar os lixões, enfrentar os focos, não só
retirando, mas fazendo educação ambiental nas comunidades.
Uma
série de iniciativas novas já aconteceu em alguns momentos, mas elas têm que
ser continuadas, melhor combinadas com as lideranças comunitárias. Então, temos
de ter, ao lado de um serviço mais eficiente, com a cobrança dos serviços
terceirizados, o controle dos serviços terceirizados, com muito rigor, um trabalho
muito forte de educação ambiental, algo que se faz necessário nesta Cidade,
porque a Cidade precisa ser parceira. O Governo e a Cidade precisam melhorar
nesses dois temas muito sérios.
Uso
este último minuto para dizer que tivemos excelentes notícias nesses dez dias.
Quero confraternizar com esta Casa, porque nós fizemos grandes esforços para
que o Programa Vou à Escola fosse estendido ao Ensino Médio, e nós teremos o
projeto piloto em março, Ver. Dib. Nós fizemos muitos debates aqui na Comissão
de Educação, mobilizamos, convencemos o Governo do Estado nesse processo e
agora consagramos um GT entre a SMED, a SEC e a EPTC, para começar em março.
Acho que é uma construção desta Câmara com os Conselheiros Tutelares, um
acúmulo importante, eu fiz lá a reunião, acabou o processo de reivindicação,
agora é operacionalização. Eu acho que vai fazer diferença na cidade de Porto
Alegre, porque metade dos jovens só vai à escola a partir dos 14 anos. Esse é
um tema muito dramático.
E
temos outras duas grandes novidades a respeito do Morro Santa Teresa e do Delta
do Jacuí: eles receberão projetos prioritários do Governo do Estado. Eu recebi
o comitê do Delta, recebi a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, reuni-me com
o Governador nesse período de Prefeito. Todos os debates que fizemos nesta
Casa, nas Comissões, as visitas, hoje terão, sim, do Governo do Estado uma
priorização, no sentido de encaminhar a regularização fundiária, inclusive,
para esta Casa poder definir regime urbanístico diferenciado para as Ilhas. Se não
tivesse sido dada a Ordem de Serviço, como foi na semana passada - Ordem de
Execução do Plano de Manejo do Delta -, nós não teríamos como mexer no Plano
Diretor, porque precisamos de um estudo georreferenciado, do cadastramento das
famílias, e o Estado agora fará, deu Ordem de Serviço.
Eu
acho que são grandes notícias, esta Casa se posicionou firmemente. A Secretaria
Estadual do Meio Ambiente terá, sim, como prioridade, a realização de um parque
na Cidade, e acho que temos que o fazer enquanto um dos legados verdes da Copa.
Encerro dizendo que vou propor à Mesa Diretora que, imediatamente,
constituamos, junto à Frente Parlamentar da Copa, o debate da Copa Verde; assim
definiremos, com o Governo Municipal e Estadual, quais serão, de fato, as
intervenções na Cidade que caracterizarão essa Copa como Copa Verde. Talvez
esses dois territórios maravilhosos, que têm uma biodiversidade e uma
complexidade, que são o Morro Santa Teresa e Delta, possam ser grandes produtos
desse investimento da Copa. Quero que o conjunto dos Vereadores pense, proponha
o que podemos, durante o ano, concretizar no diálogo com a sociedade. Está aí a
proposta do Museu das Águas, ontem trazida a esta Casa pelo movimento social, e
a traremos ao conjunto de Vereadores. Quem sabe ajudamos a marcar a Cidade como
uma Cidade equilibrada ambientalmente, que, com a Copa do Mundo, não terá
apenas futebol - não é, Ver. Brasinha? -, terá um salto na qualidade de vida da
Cidade.
E
gostaria, por fim, de dizer ao conjunto dos Vereadores que fui pouco demandada
pelos Vereadores desta Cidade neste período. Acho que os Vereadores, claro,
estão em recesso, muitos trabalhando, outros tirando alguns dias, mas estarei
aqui e lá à disposição do conjunto dos Vereadores, porque esta Cidade tem que
se orgulhar das ações que esta Câmara faz, da dedicação dos Vereadores desta
Cidade. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigada, Verª Sofia. Anuncio a presença
do Ver. João Bosco Vaz, que assumirá, na tarde de hoje, a Secopa em Porto Alegre.
(A
Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs.
Vereadores, meus senhores e minhas senhoras; eu ouvi bem de V. Exª, Verª Sofia
Cavedon, que disse: “O Legislativo hoje é o Vice-Prefeito da Cidade”, e isso
fez com que eu revivesse uma velha mágoa. Olho para o lado e vejo ali
integrantes da Procuradoria do Município, que deveriam zelar pela preservação
da Lei Orgânica, a qual todos juramos cumprir, fazendo com que o 1º
Vice-Presidente, o 2º Vice-Presidente e o 1º Secretário da Casa pudessem
exercer a Prefeitura no impedimento do Presidente da Casa. Então, nessa ordem,
eles deveriam assumir, porque cada um deles representa milhares de votos, e o
Procurador-Geral do Município não recebe votos. A Lei Orgânica, por todos os
seus textos, diz claramente que é necessário voto para ser Prefeito.
Portanto,
quero fazer o registro de que estou muito triste porque a Câmara não soube
entender que deveria estar em primeiro lugar, e não o Procurador, que, numa
redação final, não representou o que foi votado neste plenário. A redação final
fez com que o Procurador do Município exercesse a Prefeitura, como V. Exª
exerceu agora por dez dias, mas dentro dos ditames da Lei Orgânica e da
legalidade, mas para o Procurador do Município não é. Podem todos os Vereadores
que votaram contra dizer que ele era Prefeito legalmente, mas não era. Neste
ano pretendo retornar com a mesma Emenda que fiz, esperando que a Câmara tenha
a sensibilidade de fazer o que V. Exª disse há poucos minutos: “O Legislativo
hoje é o Vice-Prefeito da Cidade”. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra em Comunicações.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs.
Vereadores, passados oito dias da catástrofe do Rio de Janeiro, retomo em face
da relevância e da preocupação do assunto. Nós temos nas cidades do Terceiro
Mundo uma urbanização desordenada. Nós tivemos, nos últimos 50 anos, uma
inversão de população. Aqueles que moravam no campo migraram, como uma
avalanche, para as cidades. E lá, não encontrando empregos, sustentabilidade,
meios de subsistência, ocuparam muitas áreas verdes, áreas de risco, áreas
sujeitas a enchentes e, fundamentalmente, áreas de morros. Isso deve
representar uma preocupação cada vez maior, porque, na minha opinião, as
autoridades estão despreparadas para lidar com esse assunto. Eu não quero fazer
uma distinção de A, B ou C, mas penso que, em geral, as autoridades não estão
preparadas para lidar com tamanha complexidade. Não estão preparadas e não se
prepararam!
E
nós temos este fenômeno ligado à água: a água da chuva, a água que, muitas
vezes, falta, como a região de Bagé está vivendo, no Sul do Estado do Rio
Grande do Sul, mas a água que mata, a água em excesso. Se não tivermos apurados
planos técnicos de reconstituição das cidades, talvez nós tenhamos, cada vez
mais, a repetição de trágicos fenômenos como os do Rio de Janeiro. Imagine,
Ver. João Dib, se tivesse acontecido essa chuva de cento e sessenta milímetros,
em três horas, nos Alpes, na Glória, no Partenon. Talvez a tragédia fosse maior
ainda. Por quê? Porque as áreas não são indicadas para habitação, elas são
áreas de risco. Não pensem que o solo do Rio de Janeiro é pior que o solo
daqui. O solo é o mesmo. Ora o solo é de origem basáltica, ora de origem
granítica, mas o solo é o mesmo. Com o volume da chuva que ocorreu no Rio de
Janeiro e, ontem e anteontem, em São Paulo, nós poderíamos ter catástrofes.
Portanto,
eu vou bater nesse ponto sistematicamente, porque sequer a Defesa Civil
funciona, sequer a Defesa Civil está preparada para atender esses fenômenos! E
aqui eu não estou falando de Governo A, B ou C, é geral! É geral, porque,
quando ocorre uma enchente mínima, os Governos atuam baratinadamente, batendo
cabeça, e não conseguem se encontrar. Felizmente, as catástrofes têm sido poucas, lamentavelmente
algumas muito recentes de vulto maior, mas há a necessidade, há um imperativo
técnico e político de se tomar atitudes drásticas em relação às áreas de risco
e às ocupações em lugares que, mesmo incluídos regularmente na malha urbana,
não deixam de representar risco sério. Aqui estou falando da ocupação dos
nossos morros, que ora estão regularizados, mas nem por isso estão livres dos
grandes riscos a que estão sujeitos. Então, eu quero deixar aqui essa
manifestação porque temos que estar preparados. Penso que posso contribuir com
a minha experiência como gestor do DEP, do DMAE, pelo que vivi como Engenheiro
Agrônomo também, porque o problema não é só dos pobres, é dos ricos também, vide o que aconteceu em Petrópolis,
Teresópolis, Nova Friburgo e outras localidades do Rio de Janeiro. Portanto,
esse é um assunto muito grave e é, sim, antes de tudo, competência também desta
Câmara enfrentar o problema. Um grande abraço e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não havendo mais nenhum Vereador inscrito,
encerro esta Reunião agradecendo a presença de todos. Lembro às Lideranças que
teremos uma Reunião de Mesa neste momento. Estão encerrados os trabalhos da
presente Reunião.
(Encerra-se a Reunião às 11h07min.)
* * * * *